quarta-feira, 2 de junho de 2010


Eterna finitude

(Vera Weissheimer)

Folha seca
Que cai sem temer o vento que a leva
Folha verde que resiste ao vento
Vento forte que insiste
Que dança em sua volta
Vento fazendo ventania
Folhas
Pequenas, grandes
Secas
Até as verdes
Quem sabe colhidas antes do tempo,
Mas quem há de entender
Haverá mesmo algum tempo certo?
A hora certa?
No outono ou primavera
Em qualquer das estações
As folhas são tomadas pelo vento
Brisa ou tempestade
Que dança
E as tira de onde estiverem
Do ipê ou da palma
As folhas rodopiam
E dançam no tempo da finitude
Tempo de eternidade

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